segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Pela Primeira Vez , Era Amor !


Dia 17 de maio de 2011.
Uma loja de souvenir, pequena e simples, encontrada em uma cidade com um pouco mais de 7 mil habitantes, esse era o local marcado para um encontro repentino, sem data nem hora marcada. Seria um feliz encontro e uma triste despedida. O olhar deles se cruzaram, como se nada houvesse acontecido eles continuaram olhando os doces, estavam no mesmo setor, aquele de fanáticos em chocolate. Olhos curiosos, pequenos a procura de algo, por incrível que pareça procuravam por um mesmo doce, aquele que quase não existia mais, mas que começava com um gosto amargo e terminava docinho, se encaixava com um beijo demorado. Apressados viram ao mesmo tempo o pequeno doce embaixo de um salgadinho, suas mãos se tocaram e então se entreolharam por um longo tempo.  Desculpa, pode pegar!  Magina, damas primeiro! — Ele então estava sorrindo, ela ficara sem jeito, queria muito pegar aquele doce, o desejava a semanas, mas não sabia se devia, nunca havia encontrado alguém que fosse cavalheiro o suficiente pra lhe deixar pegar algo sem haver brigas.—  Muito obrigada! — Ela sorrira agradecendo por uma segunda vez a ele, sabia que não o encontraria mais, ficara triste por isso, mas não havia ligado, nem se tocado que poderia encontra-lo novamente. […] O dia se passou, ela deitada na cama, comendo o tal doce, saboreando e pensando no acontecido. Adormeceu, acordou, viveu, mas não esqueceu o sorriso do tal garoto, era marcante o modo como ele a olhara nos olhos e abrira aquele sorriso meigo, branco e certinho, e olhos levemente fechados pelo largo sorriso no rosto. — Para garota, é idiotice isso, foi só um garoto! — Ela falava consigo mesmo.[…] Final de semana estava pra chegar, ela queria sair, se divertir, sorrir e viver intensamente. Não lembrava mais toda hora do garoto estranho que viera a lhe tirar do sério. A noite passara voando, não bebeu, mas se divertiu toda a noite […] Cansada, foi pra casa, já amanhecera, resolveu passa na mesma souvenir da semana passada, para comprar o tal doce, era cedo, a rua estava vazia, só uma bicicleta ocupava toda a extensão por onde o sol já batia, não achou estranho, entrou, e foi direto para a prateleira onde achara da vez passada, procurou e remexeu, escutou alguém lá dentro, no caixa, mas estava a olhar pra ela, toda descabelada, com a maquiagem borrada, a roupa bagunçada.— Dessa vez eu peguei o ultimo— A voz lhe era familiar, era masculina, ela procurou de onde vinha, achou o rosto e o sorriso que não saíra de sua mente por dias, ela se dirigiu até o balcão, estava meio embriagada do cansaço, sorrio meu drogada, tentou se arrumar, ele ainda estava sorrindo em sua direção — Você ta bem? Parece cansada…  Ele a entendeu com um olhar apenas, ela o olhou, sorrio sem saber o que fazer ou dizer. — Quer dar uma volta? Tomar alguma coisa? Quer um remédio? Sei lá, algo pra melhorar… — Ela não entendera o porque ele se importou como ela se sentia, ou como estava, mas havia gostado disso. Não respondeu nada, só sorriu como gratidão por se importar, e saiu da loja com as mãos abanando porém com um largo sorriso no rosto. Escutara passos atrás de si, olhou e então viu o tal sorriso marcante. Ele havia seguido, e então fez uma pergunta irresistível. — Aceita? — Ele então estendera o braço com o pacote com o doce que ela mais gostava, ela tentou dizer não. Mas resvalou e acabou aceitando o doce de um estranho, porém de sorriso conhecido. — Obrigada! — Disse como um sussurro, nem sabe se ele escutou, só viu de novo o sorriso no rosto. Era estranho, mas foi ali que começou um amizade inigualável. Amizade? Mais que isso, porém menos que um namoro. Era a tal amizade colorida. Já faziam 7 meses que estavam juntos, se falavam todos os dias, mensagens em todos os turnos, era estranho para ambos os dois ficar sem se falar, fazia falta, faltava algo, pelo menos um mero ‘Oi!’ seria um motivo para sorrir. Eles se encontravam todos os meses onde tudo começou, naquela mesma souvenir pequena e simples, na cidade de poucos habitantes e comemoravam com o mesmo doce,com um beijo demorado, que caía perfeitamente como ela gostava. Ela sorria como nunca havia acontecido antes, realmente não sabia como sobreviver sem ele. Era amor, pela primeira vez, era amor. 
Texto do : Madiemoiselle
Maanuuuh !

Nenhum comentário:

Postar um comentário